sexta-feira, 7 de agosto de 2009

DESAMBIENTAÇÃO/ DESAMBIENTATUALIDADE/ DESAMBIENTATIVIDADE

A Disambiência/Disambientidade mal resolvida implica na Di-sambientação/Disambientatualidade/Disambientatividade; e a per-manência nela conduz à Desambiência/Desambientidade. A Desambi-ência/Desambientidade se caracteriza pela Desambienta-ção/Desambientatualidade/Desambientatividade. Que configu-ram o caráter “ativo” da Desambiência. Na verdade a Desambienta-ção não é efetivamente ação. Na medida em que este modo de sermos ambientais se caracteriza como uma perda da capacidade pa-ra a vivência ambiental ontológica, com a perda da própria vivência ontológica do sentido de co-pertinência ambiental. Dá-se por uma tendência à evitação e aversão ao modo de sermos ontológico, feno-menológico existencial dialógico, somente no âmbito do qual a vivên-cia, que nos é potenciamente inerente, de intrínseca co-pertinência ambiental, e ambientativa é possível. Só no modo ontológico de ser-mos a ação, a ambientação é possível, na medida em que apenas nesse modo de sermos vivenciamos possibilidades, que vivencialmen-te, compreensivamente, se desdobram, no que entendemos como ação. A disambientidade se constitui de um modo niilista de sermos, resultando em ressentimento, em culpa e em ideal ascético, segundo a formulação de Nietzsche, reativamente característicos, já que a a-ção da potência do possível, da vontade de possibilidade, é reprimida. O ambiente desvitalizado, objetificado, passa a ser objeto privilegiado do ideal ascético, do ressentimento e da culpa, resultando no que pó-deríamos chamar de ideal ascético ambiental, em ressentimento am-biental, em culpa ambiental. Raízes privilegiadas da tendência para a predação ambiental, para a destrutividade ambiental. De modo que a Desambientação, característica da Desambientidade, não é propri-amente ação, mas reação, decorrente da repressão do modo ontoló-gico, potente (de possibilidade) de sermos, e da potência de possibi-lidades, e do desdobramento de posibilidades, da ação, efetivamente, que é inerente e espontânea a sua vivência.