sexta-feira, 7 de agosto de 2009

APRESENTAÇÃO

O ponto de vista ontológico fenomenológico existencial, como de resto em toda a psicologia e psicoterapia, enseja a abertura de todo um campo de atitude, de um campo conceitual, e metodológico, em psicologia ambiental. Psicologia Ambiental que passa assim a se constituir especificamente como uma psicologia ambiental ontológica e fenomenológico existencial dialógica.
Este ponto de vista ontológico, fenomenológico existencial, permite que possamos apreender o Ambiente-e-a-nós-próprios como um ser íntegro, ser no mundo, dialógico, na originalidade e indissoci-abilidade de sua implicação, na vivência de sua ontológica fenomeno-lógico existencial. Esboçamos ensaísticamente as possibilidades de alguma fundamentação desta psicologia ambiental fenomenológico existencial dialógica no ensaio O Ambiente somos nós, e no ensaio Objetivismo e ambienticídio.
A partir deste ponto de vista de uma psicologia fenomenológico existencial dialógica, podemos esboçar e constituir experimentalmen-te um conjunto articulado e original de categorias de psicologia ambi-ental, que pode nos auxiliar na compreensão e afirmação de nossas pertinências e relações ontológicas enquanto seres ambientais, e que pode nos auxiliar a denunciar os modos de violência e de violentação das condições destas pertinências e destas relações, e os modos das harmonias ambientais das quais fazemos parte, e às quais podemos constituir sustentavelmente. Da mesma forma que pode nos auxiliar na constituição de alternativas metodológicas de concepção e de mé-todo em psicologia ambiental.
A partir da compreensão e da afirmação desta nossa ontológica pertinência e cabimento ambientais, intrínsecos ao ponto de vista fe-nomenológico existencial dialógico, e ao ponto de vista da psicologia ambiental fenomenológico existencial, podemos constituir as premis-sas de uma ética ambiental. Ética ambiental esta que é eminente e especificamente estética, existencialmente afirmativa, a partir das premissas da Fenomenologia, do Existencialismo, e da Filosofia da Vida; e a partir da própria qualidade íntegra e dialógica do ser ambi-ental que vivencialmente, fenomenológico existencialmente, dialógi-camente constituímos ontologicamente. Da mesma forma que pode-mos constituir as premissas de uma pedagogia e de um manejo ambiental ontológico, estética e ambielogicamente fundamentado.